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Entrevista | Fossá busca cadeira de deputado estadual com promessa de inovação e respeito pelo Oeste

Divulgação

Liderança reconhecida por ser combativa e de posicionamentos, Cleiton Fossá é advogado e foi vereador por dois mandatos. Em 2020, disputou a Prefeitura de Chapecó e recebeu quase 22 mil votos. Agora, em 2022, disputa uma vaga na Assembleia Legislativa pelo MDB. Convicto de que o trabalho diferenciado realizado em prol do Oeste catarinense será reconhecido, Fossá tem percorrido diversas regiões de Santa Catarina para ser aclamado nas urnas no domingo.

Conhecedor das dificuldades vividas pela região mais distante da capital, o candidato a deputado estadual concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e elencou as prioridades reais ao povo oestino. Afirmou ainda que, caso seja eleito, fará um mandato inovador, transparente e próximo do cidadão.

Consciente que há muito em ser feito, Fossá chega na reta final da campanha entusiasmado com o reconhecimento que tem recebido por onde passa. Animado pelo calor eleitoral nas vésperas da votação, o candidato do MDB mantém o roteiro intenso em diversas localidades de Santa Catarina. Confira:


Marcos Schettini: O senhor ficou em 2º lugar na última eleição para prefeito. O que isso quer dizer?

Cleiton Fossá: O processo eleitoral de 2020 em Chapecó nos deu uma vitória política importante em que cerca de 22 mil chapecoenses acreditaram no nosso trabalho. Fomos de chapa pura concorrer à prefeitura da maior cidade do Oeste catarinense, com uma campanha bonita, limpa e honesta. O voto do nosso eleitor não é um voto fabricado na eleição, é um voto coerente e consciente que vem sendo construído a partir das lideranças e no contato direto com a população. A eleição de Chapecó, com chapa pura, expandiu o nome, mas mais do que isso, ampliou a esperança de toda uma região em se ver representada por quem tem compromisso e uma trajetória responsável.

Schettini: A sociedade tem necessidade de novas lideranças?

Fossá: Eu tenho repetido que, historicamente, a região Oeste contribuiu muito mais para o desenvolvimento do Estado do que o Estado em si tenha contribuído para com a região Oeste. Pensando no contexto da minha região Oeste, quero dizer que é uma necessidade urgente que surjam novas lideranças. Quando eu proponho uma campanha e um futuro mandato pautado na inovação, isso não se restringe às propostas, mas a toda forma de agir politicamente. É inovar na forma de se relacionar com o povo da nossa região, inovar na prestação de contas sobre o trabalho do deputado, que é um funcionário do povo. Você nunca vai resolver um problema antigo fazendo as mesmas coisas. E quem decide se quer mudar é o eleitor que está lendo essa entrevista. Não é só a infraestrutura de rodovias que precisamos. Isso é o básico, o urgente, a mais gritante e mais antiga demanda. Temos que melhorar a infraestrutura de abastecimento hídrico (água) para a população; de energia para a indústria e para o produtor rural. Criar condições para que cada vez mais as cidades se desenvolvam. Isso é básico para o desenvolvimento. Já somos uma região e Estado tão rico, imagina isso com tudo funcionando como deve ser.


Schettini: Quais são suas principais ideias, as possíveis?

Fossá: Temos um potencial gigantesco de desenvolvimento nas mais diversas áreas. Caminhando pelo Oeste do nosso Estado, vejo o potencial turístico gigantesco que temos, vejo gente empreendendo mesmo sem apoio efetivo do Estado. Eu acredito na política que não é feita só de emendas, elas são importantes e devem acontecer, não como moeda de troca, mas como estratégia de desenvolvimento. Vamos defender mais infraestrutura para as atividades econômicas instaladas e as cadeias produtivas em operação no Oeste catarinense. O Oeste não será mais tratado como fundo de quintal abandonado pelo Estado. Meu compromisso é priorizar o desenvolvimento regional buscando a descentralização de recursos. A precariedade de nossas rodovias é visível e é a demanda mais urgente com a qual me comprometo em atuar para buscar soluções. Vou citar um exemplo: os últimos levantamentos, que inclusive subsidiam as propostas do Plano SC 2030, demonstram que pelo menos 1054 localidades no Estado de Santa Catarina não possuem acesso, ou este é inadequado, à internet. Isso não é aceitável. Precisamos garantir recursos para expansão das redes de internet e telefonia para atingir todo meio rural, isso leva desenvolvimento e conhecimento. Outro dado relevante é sobre as interrupções de energia elétrica no meio rural, que chega a 83.484 interrupções anuais, isso é um absurdo, quem é produtor e está nos lendo, sabe o prejuízo que causa a falta de energia. Esses dados não são apenas números, são realidades com causas e efeitos. As perdas de produção e eventuais danos em equipamentos do produtor rural ocasionadas pela falta de energia, afetam toda uma cadeia econômica, desde a perda direta do produtor, como os impactos nos custos de produto, e inclusive na geração de emprego e renda. Por isso, teremos como prioridade a destinação de recursos e a construção de projetos que visem expandir a rede trifásica para o meio rural.

Schettini: Chapecó é uma cidade de esquerda, direita, centro ou nada disso?

Fossá: Chapecó é uma cidade de gente trabalhadora e, mais do que isso, empreendedora. Eu acredito que limitar ideologicamente nossa gente aos campos da esquerda ou da direita é equivocado. Gosto de repetir que “existe vida inteligente fora da polarização”.


Schettini: O MDB cometeu o erro de estar com Carlos Moisés?

Fossá: Essa resposta será a urna que responderá. Dentro do MDB havia duas correntes. Uma, da qual me filiava, que defendia candidatura própria, e outra que defendia a coligação com o governador Carlos Moisés. A convenção partidária é soberana e lá a maioria decidiu pela aliança, ou seja, se coligar com o governador e indicar os candidatos a vice e ao Senado, que é o hoje deputado Celso Maldaner. Eu respeito o resultado da convenção partidária. Penso que o MDB deveria ter candidato a governador, mas a maioria foi no encaminhamento de aliança. Mas o que eu tenho firmeza em afirmar é que eu vou apoiar o candidato a governador que tiver compromisso com a região Oeste e com o meu povo. Um compromisso real de incluir no orçamento do Estado as prioridades da nossa região.


Schettini: O partido sai rachado e não se une mais nestas eleições. Quem é o culpado?

Fossá: O MDB é o maior partido de Santa Catarina, com quase 100 prefeitos e mais de 800 vereadores. É claro que em uma disputa interna há alguns atritos, é natural que pessoas não fiquem satisfeitas com o resultado final da convenção e com o encaminhamento definido, mas eu acredito que passado esse momento o partido caminhará unido nesta eleição, de forma geral. Quanto a possíveis culpados, acredito que as urnas vão dar as respostas.


Schettini: Udo Döhler não tem muita rejeição e não prejudica ainda mais o governador?

Fossá: Udo Döhler tem uma trajetória empresarial de sucesso, foi prefeito duas vezes de Joinville, a maior cidade de nosso Estado, mas não é conhecido aqui no Oeste. Não saberia responder se ele tem rejeição ou não na sua região. Ele foi indicado para compor como vice pelo grupo que defendia a aliança com o governador, então, avalio que ele não prejudica na composição, embora como respondi antes, penso que o MDB, por ser o maior partido do Estado, deveria ter lançado candidatura própria. Foi optado, pela maioria, em lançar Udo Döhler de candidato a vice e será com a eleição que saberemos se essa foi a melhor opção.

Schettini: Por que o senhor quer ser deputado estadual?

Fossá: Eu tenho meu currículo, de advogado, minha experiência de dois mandatos de vereador por Chapecó, meu nome limpo, ando de cabeça erguida por onde passo, sendo reconhecido pelo trabalho que fiz. O que me move nessa campanha é o que a gente pode fazer por Santa Catarina, pelo nosso Oeste. Imagina um de nós na Alesc. É isso que me move. Nós vivemos em um sistema de democracia representativa, mas muitos políticos esquecem disso, geralmente aqueles que se apegam ao poder, esquecem que “representamos”, que não são donos do poder. A resposta desta pergunta, se Deus quiser, afetará diretamente a vida de quem está nos lendo, afetará o futuro da nossa região Oeste e Estado de Santa Catarina. É comum em anos eleitorais ouvir de candidatos promessas e ideias. Mas o que nós propomos vai além, é diferente, é inovar, é mudança. Cada cidadão desse Estado que amamos é parte fundamental de seu progresso. E cabe a nós sermos os agentes transformadores. De forma efetiva, com resultados reais. Acabou o tempo de prometer e não cumprir. O povo já não acredita mais em quem não faz. Tudo começa com o respeito. Respeito ao cidadão, respeito aos impostos que pagamos. E respeito se conquista com garantia de acesso digno aos serviços públicos de saúde, educação, cultura, infraestrutura, segurança. Vamos começar pelo básico. O que deveria ter sido feito. Garantindo dignidade para a população mais precisa. Mas sem esquecer de trabalhar pela diminuição dos entraves burocráticos que impedem os empreendedores de Santa Catarina de se desenvolverem, e gerar mais emprego e renda.

Santa Catarina é um dos melhores Estados para se viver e empreender, ficando na 3ª posição em relação ao IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), divulgado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2020), esta riqueza toda, esta cifra é o resultado do trabalho árduo da nossa população. Nós precisamos olhar além do horizonte, fortalecer as maiores matrizes econômicas, como o agronegócio e as indústrias, e fomentar investimentos e investidores para as novas matrizes, como a inovação e tecnologia, abrir os olhos para novas profissões e os novos modelos de negócios. Além disso, o combate à corrupção e a transparência serão um dos nossos pilares do mandato. A população precisa confiar nos seus representantes, hoje impera a desconfiança! É preciso cortar os excessos, cortar regalias e desperdícios, chega de sanguessugas do dinheiro do povo. Para gerar empregos precisamos investir em infraestrutura, em inteligência, em dados, em gestão eficiente, tudo isso demanda planejamento e investimentos, que vamos buscar, principalmente para a região Oeste.


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